Roberto Costa mostra desespero ao negociar "proteção" sem o conhecimento do Governador

Costa olhando Zé Alberto pelas costas.
O deputado estadual Roberto Costa mostra completo despreparo para viver no campo da oposição. Depois que o grupo Sarney foi defenestrado do Palácio dos Leões pelo voto popular, o deputado peemedebista se comporta como um desesperado em todos os passos que tem dado na vida pública.
Sem habilidade política, Roberto Costa tenta, de todas as formas, se manter próximo ao Poder, muito embora não tenha, em nenhum momento, combinado isso com o Governador Flávio Dino que é quem verdadeiramente detém o poder no Maranhão, depois que foi eleito pela vontade livre da grande maioria da população maranhense.
Roberto Costa tem se mostrado um verdadeiro trapalhão e terminou por perder o valor como político graças ao amadorismo político.
Primeiro ele tentou negociar os cargos do Estado em Bacabal como condição para votar em Humberto Coutinho na eleição para a presidência da Assembleia Legislativa. A Imprensa divulgou que foi feito o pedido para 89 cargos. O grupo de Roberto Costa nem é tão grande, talvez ele não tivesse pessoas de sua confiança para todos os cargos, mas sempre é bom demonstrar poder. Melhor do que deixar os cargos nas mãos de algum adversário.
O problema é que o carcarazinho, como é conhecido, nunca foi recebido por Flávio Dino. Tentou barganhar com deputados que não tem autoridade para nomear ninguém.
A história vazou e Roberto Costa ficou em situação desconfortável no PMDB. Nas rodas de conversa aonde chegava, o deputado era rejeitado e logo os interlocutores encerravam o assunto. Passou a ser visto como persona non grata no PMDB. Isso motivou a crise que detonou uma discussão de Roberto Costa com Ricardo Murad.
Em uma reunião do PMDB, se não fosse a interferência do senador João Alberto, os dois teriam rolado pelo chão. João Alberto é o mentor de Roberto Costa. É de João Alberto o plano de usar Roberto Costa para chegar à prefeitura de Bacabal. Por isso, a necessidade de estar no poder. Os dois sabem que na oposição não conseguirão manter o luxo e as despesas com seus apadrinhados no interior. Ou será que vão tirar do próprio bolso?
Muito difícil. Nesta semana, uma denúncia envolvendo o nome de Roberto Costa evidenciou mais uma vez a sua condição de desesperado. Pela denúncia do blogueiro Antonio Martins, Costa teria negociado, também, uma imunidade para ele nos escandalosos casos do Detran, órgão controlado por ele e por João Alberto ao longo de anos.
O governador Flávio Dino prometeu apurar com rigor as denúncias de desvios e as maracutaias praticadas nos últimos anos. Foram muitas as denúncias de esquemas fraudulentos.
Roberto Costa sabe disso e, sem poder pedir direto para o Governador, teria corrido em momento de desespero para o deputado Humberto Coutinho e pedido que ele o protegesse em troca do voto na eleição da Assembleia.
Um dos escândalos envolve a empresa LCINTRA CONSULTORIA E PARTICIPAÇÕES LTDA, de propriedade do casal Marcelo de Souza Cintra e Fabíola Fiquene Cintra (filha do ex-governador e ex-Senador pelo Maranhão, Ribamar Fiquene).
De acordo com esquema, a LCINTRA formalmente seria responsável pela implantação e gestão do sistema de informática integrado para identificação e vinculação das placas e tarjetas automotivas ao cadastro do Detran/Ma.
Ocorre que desde a sua criação, a citada empresa jamais prestou qualquer serviço de informática nem possui competência técnica para tanto. A sua função real é a de realizar lobby para operacionalizar esquemas de fraude que podem, inclusive, estar ocorrendo em outros estados, como Paraíba e Pernambuco.
A situação de Roberto Costa não é boa. Não tem mais o poder do Palácio dos Leões para protegê-lo. O seus colegas de PMDB não o veem com bons olhos, pois se consideram traídos por ele.
Resta saber como a Justiça vai encarar esse entranhamento do deputado com empresas e esquemas denunciados dentro do Detran do Maranhão.

Por Abel Carvalho

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