Roberto Rocha, João Alberto e Lobão votaram a favor da MP que restringe seguro desemprego

Roberto Rocha, João Alberto e Lobão: unidos na defesa dos interesses de Dilma Rousseff

Os senadores pelo Maranhão, Edison Lobão (PMDB), João Alberto (PMDB) e Roberto Rocha (PSB) votaram na noite desta terça-feira à favor da Medida Provisória que restringe o acesso dos trabalhadores ao abano salarial e ao seguro desemprego.
A MP 665 dificulta o direito a benefícios trabalhistas e faz parte do ajuste fiscal proposto pela presidente Dilma Rousseff.
A proposta foi aprovada em votação apertada —39 votos a favor e 32 contra—, numa semana decisiva para o governo Dilma, que tem enfrentado resistência de sua própria base de apoio no Congresso ao ajuste fiscal.
O texto, que segue para sanção da presidente, dificulta a concessão de seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso (destinado a pescadores na entressafra).
A medida foi aprovada pelo Congresso com alterações bem mais amenas do que as originalmente propostas pelo Executivo.
Em relação ao abono salarial (benefício de um salário mínimo para quem recebe até dois salários mínimos), o Congresso aprovou a necessidade de se ter trabalhado no mínimo três meses, mas há o compromisso do governo de vetar esse trecho, o que manteria a exigência atual, de um mês.
Não há previsão oficial de quantos trabalhadores serão afetados pelo acesso mais restrito aos benefícios. Em janeiro, quando ainda se discutia a proposta original do governo, estudo do Dieese previa que cerca de 4,8 milhões de beneficiários não teriam acesso ao seguro-desemprego (a estimativa considera a Rais de 2013).
O Ministério do Trabalho, por sua vez, estimou que, se as novas regras fossem aplicadas em 2014, 2,27 milhões de trabalhadores não receberiam seguro-desemprego. No ano passado, 8,5 milhões de brasileiros pediram o benefício.
Após a votação desta terça, Miguel Torres, presidente da Força Sindical, afirmou que, se a regra estivesse valendo em 2014, os atingidos seriam 6 milhões.

Por Raimundo Garrone
(Com informações da Folha de São Paulo)

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