Welyson Lima: Livro - uma das revolucionárias invenções da humanidade.

Sabe-se que o livro foi e é, entre tantas invenções humanas, uma das mais revolucionárias. Mais que um produto industrial, o livro assume na vida das pessoas um papel importante de veículo de comunicação, um suporte de informação. Antes que o homem pensasse em utilizar determinados materiais para escrever, como fibras, vegetais e tecidos, por exemplo; as bibliotecas da Antiguidade estavam repletas de textos gravados em tabuinhas de barro cozido. Eram então os primeiros “ livros”, que depois com o tempo foram modificados até chegar a ser feitos em grandes tiragens em papel impresso mecanicamente, proporcionando facilidade de leitura e transporte. E com eles, foi possível em todas as épocas, transmitir fatos, acontecimentos históricos, descobertas, tratados, códigos ou apenas entretenimento.
Na modernidade editorial das sociedades de consumo, o livro pode ser considerado uma mercadoria cultural. E como mercadoria, pode ser comprado, vendido ou trocado. Porém, isso não ocorre com sua função insubstituível, qual seja: instrumento cultural de propagação de ideias, de conceitos, documentação, entretenimento e claro, acumulação de conhecimento. A escrita vence o tempo e o livro conquista espaço. Teoricamente, toda a humanidade pode ser atingida por textos que difundem ideias que vão desde os grandes filósofos antigos aos teóricos contemporâneos.
É interessante notar, para quem já leu sobre a história do livro, que a história do mesmo se confunde com a da própria humanidade. Sempre que escritores escolhem frases e temas, transmitindo ideias e conceitos, estão elegendo assim aquilo que consideram significativo no momento histórico e cultural que vivem. Dessa forma, fornecem dados para a análise de sua sociedade. O conteúdo de um livro integra a estrutura intelectual dos grupos sociais.
Inicialmente, ainda nos primeiros tempos, os escritores viviam em contato direto com seu público, formado por poucos letrados, mas já cientes das opiniões, ideias, imaginação e teses do autor, simplesmente pela própria convivência que tinha com ele. Até o século XV, o livro servia exclusivamente a uma pequena minoria de sábios e estudiosos que constituíam os círculos intelectuais, que eram confinados aos mosteiros no início da Idade Média e que tinham acesso às bibliotecas, cheias de manuscritos ricamente ilustrados.
Em fins do século XIV, com o reflorescimento comercial na Europa, burgueses e comerciantes passaram a integrar o mercado livreiro da época. A erudição se laicizou e aumentou consideravelmente o número de escritores, surgindo também as primeiras obras escritas em línguas, que não eram o latim e o grego, uma vez que essas línguas estavam estritamente reservadas aos textos clássicos e aos assuntos que eram considerados dignos de atenção. Já nos séculos XVI e XVII, surgiram diversas literaturas nacionais, demonstrando, além do florescimento intelectual da época, que a população letrada dos países da Europa estava mais capacitada a adquirir obras escritas.
Com o advento do sistema de impressão por Gutenberg, a Europa conseguiu dinamizar significativamente a fabricação de livros, imprimindo, em cerca de cinquenta anos, aproximadamente vinte milhões de exemplares para uma população de quase cem milhões de habitantes, sendo a maioria analfabeta. Só que para a época isso significou enorme revolução, demonstrando que a imprensa só se tornou uma realidade diante da necessidade social de ler mais.
A história do livro é antiga e demasiadamente longa. Mas o que não se deve esquecer de mencionar, sobre essa que foi uma das mais importantes e revolucionárias invenções humanas, é que mais do que um produto industrial, o livro, antes de tudo, é funcional e seu conteúdo é que lhe confere o devido valor. E fica aqui a dica, caro leitor deste Blog e/ou desta coluna: revolucione-se culturalmente sempre, leia mais!


Por Welyson Lima
Welyson Lima é natural de Bacabal. Nasceu em 03/07/1992. Cursou o Ensino Médio na antiga Unidade Integrada de Ensino Roseana Sarney (hoje Centro de Ensino Isabel Castro Viana). Em 2011 ingressou no Curso de Letras (Português/Espanhol, respectivas Literaturas) do CESB-UEMA vindo a graduar-se no 2º semestre de 2014. Já obteve aprovação em muitos concursos vestibulares, tais quais: aprovado em 2012 à Tutoria da extinta UNIVIMA (Universidade Virtual do Maranhão), Serviço Social (CEUMA-2015), Comunicação Social (UFMA-2015), Ciências Humanas-Sociologia (UFMA-2015), Jornalismo (UNICEUMA-2015) e também neste mesmo curso na Faculdade Estácio de Sá (São Luís-MA) no 1º semestre de 2016. Como Letrólogo, sua área de conhecimento e de especialidade é Linguística e Letras. Foi Colunista Social do Portal Castro Digital e também prestou serviços ao Jornal “ O Mearim”, onde foi revisor/ corretor textual e redator. Cursou Iniciação Teatral através da Semuc de Bacabal (2013). É agente cultural, atua no grupo de Teatro “Faces da Arte”, onde assume o cargo de Secretário Geral. É também professor. Seu maior prazer é ler/escrever (uma atividade que considera constante e necessária). Entre as leituras múltiplas às quais gosta, estão incluídas: as poesias de Castro Alves, obras de Machado de Assis, bibliografias da área da Linguística Aplicada, obras sociológicas de Émile Durkheim, Max Weber, Karl Marx, obra do filósofo Michel Foucault e seus intérpretes, as crônicas de Edgar Moreno, entre dezenas de outras tantas literaturas. É fascinado em Teatro e outras expressões artísticas, já atuando inclusive, como ator amador. Participou dos curtas “ Tô fora” e “ Visão de um dependente químico”. Escreveu juntamente com o poeta e cronista Costa Filho, a peça teatral “ O saco do pobre” (2013) e escreveu também a peça “ Bacabal, conta sua história!” (2016).

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