Está explicado o motivo pelo qual o senador João Alberto Souza foi sumariamente excluído da pesquisa Tabajara realizada pelo instituto Escutec, do mafioso empresário Fernando Junior – aquele da Máfia de Anajatuba.
De acordo com os números da Exata – bem mais coerentes com o sentimento do eleitorado maranhense -, o presidente do PMDB no Maranhão é o nome do clã com maior potencial para ser reconduzido ao Senado Federal em 2018.
Publicamente, o fiel escudeiro de José Sarney, Renan Calheiros, Aécio Neves e Michel Temer no Conselho de Ética do Senado dá uma de “joão sem braço”, evitando especular sobre a possível candidatura. Nos bastidores, porém, é sabido que a fatura de tamanha lealdade aos interesses do PMDB e da oligarquia deve ser cobrada na próxima eleição.
É consenso na classe política que o grupo Sarney levará uma das cadeiras do Senado apenas se reunir seus principais nomes em torno de candidatura única. O problema é que nem Edison Lobão nem João Alberto parecem dispostos a abrir mão em favor de Sarney Filho.
Atolado até o último fiapo de cabelo acaju nos esquemas de corrupção da Petrobras e da Eletrobras, Edison Lobão deve abrir mão da reeleição em favor do filho, Lobão Filho. Já o herdeiro de José Sarney é investigado pelo recebimento de R$ 400 mil em propina das mãos do delator e ex-presidente da Sérgio Machado, da Transpetro.
João Alberto é o único a escapar, pelo menos por enquanto, do alcance da Operação Lava Jato. E não deve abdicar tão fácil dessa vantagem na disputa interna com os Lobão e Zequinha.
Ainda mais depois dos números da pesquisa encomendada pelo Jornal Pequeno.